Ao explorarmos o panorama da gestão em saúde, deparamo-nos com um cenário repleto de complexidades e desafios, especialmente nos serviços de urgência e emergência. Um estudo conduzido sobre a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), e publicado na Revista Médica de Minas Gerais, destaca a importância crucial de uma gestão estratégica eficiente em meio à transição demográfica e epidemiológica no Brasil.
O cenário global recente tem sido marcado por eventos de grandes proporções, sejam eles desencadeados por desastres naturais ou conflitos humanos. O aumento de desastres naturais e as guerras intensificadas entre alguns países são dois exemplos de situações que geram múltiplas vítimas e sobrecarregam os sistemas de saúde. Diante deste panorama, a capacitação dos profissionais de saúde e a preparação adequada dos hospitais para receber essas vítimas tornam-se primordiais.
“Pensar sobre e se planejar para desastres não é tão doloroso quanto ter que explicar porque não fizemos isso antes.”
A inteligência artificial (IA) tem um enorme potencial para revolucionar a área da saúde. Ela permite que seja analisada uma grande quantidade de dados e que, com isso, sejam criados modelos de aprendizagem e identificação de padrões. Dessa forma, a IA oferece diversas possibilidades, como melhorar o diagnóstico e tratamento, atuar na prevenção de doenças, redução de custos e contribuir para maior eficiência nos processos de saúde.
Superlotação nos serviços de saúde é uma realidade enfrentada por enfermeiros em todo o mundo, e pode ter consequências graves para a qualidade do atendimento e a saúde dos profissionais que trabalham nessas condições. A falta de espaço, equipamentos, recursos humanos e materiais suficientes para atender à demanda de pacientes pode levar a uma sobrecarga de trabalho, aumento do estresse e do cansaço físico e mental, além de reduzir a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
O Curso de Classificador de Risco pelo Sistema de Manchester é um programa oficial do GBCR (Grupo Brasileiro de Classificação de Risco) que aborda um métodos mais utilizados no mundo que permite a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso. É baseado em categorias de sinais e sintomas e contem 53 fluxogramas que serão selecionados a partir da situação/queixa apresentada pelo paciente.
O GASU (Gestão Avançada em Serviços de Urgência) é um programa educativo que trata sobre a metodologia Lean na saúde (o chamado Lean Healthcare) mas que não se restringe a isso, e também traz diversos outros temas como novos modelos de atendimento, teoria das filas, teoria das restrições, gerenciamento de demanda, valor em saúde e diversos outros.
O SMVSim (Simulador Hospitalar de Situações com Múltiplas Vítimas) é um programa para capacitação no desenvolvimento e aplicação de Plano de Resposta a eventos de múltiplas vítimas. O programa contém módulos destinados à elaboração do plano e outros focados na atuação dos profissionais, como na Triagem nas SMV, Avaliação Primária e Secundária, Classificação de prioridades do Sistema Manchester e outros.
A garantia da qualidade dos serviços de saúde é uma responsabilidade compartilhada por TODOS os envolvidos no sistema de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, gestores, pacientes e demais profissionais. Todos desempenham um papel importante na busca pela garantia de que o atendimento seja seguro, eficaz e de qualidade.
Situações com múltiplas vítimas exigem protocolos de ação imediata para evitar o aumento do número de mortes envolvidas no evento. A ação assertiva de profissionais preparados para eventos de catástrofes como terremotos, desabamentos, epidemias e outros, é vital para salvar vidas.
Fonte: www.jequie.ba.gov.br/noticias/samu-regional-192-participa-de-simulacao-da-via-bahia
