A superlotação nos serviços de saúde é uma realidade enfrentada em todo o mundo, o que a torna uma situação de grande relevância, podendo induzir ao aumento de erros médicos. De acordo com a Comissão Mista de Acreditação de Organizações de Saúde dos EUA, 50% dos eventos sentinelas ocorrem nos prontos-socorros, e um terço deles é devido à superlotação, tendo como consequência, o aumento da mortalidade.
Por conta disso, é primordial entender suas causas e buscar formas de prevenção para melhorar o sistema e garantir um atendimento adequado para todos.
Confira abaixo as principais causas que levam à superlotação dos serviços de saúde e possíveis meios de prevenção.
Causas:
- Aumento da demanda: o crescimento populacional, o envelhecimento da população e a maior incidência de doenças crônicas aumentam a demanda por serviços de saúde.
- Falta de infraestrutura: A falta de hospitais, leitos e equipamentos adequados limita a capacidade de atendimento.
- Problemas no sistema de encaminhamento e triagem: carecer de um sistema de encaminhamento eficiente e uma triagem apropriada pode causar demoras.
- Falta de coordenação: sem uma coordenação efetiva, aumentam as chances de uma gestão ineficaz dos pacientes, o que pode provocar atrasos no atendimento.
- Picos de demanda: um influxo momentâneo de pacientes pode sobrecarregar prontos-socorros. Isso pode causar longos tempos de espera, desvios de ambulâncias, atrasos nas altas, saídas de pacientes sem serem atendidos e embarque de pacientes (admitir pacientes sem leitos disponíveis).
Prevenções:
- Investimento em infraestrutura: é essencial investir na construção e na expansão de hospitais, clínicas e centros de saúde, além de garantir a disponibilidade de leitos e equipamentos adequados.
- Fortalecimento da atenção primária: promover e fortalecer os serviços de atenção primária à saúde e fornecer cuidados básicos, prevenção e tratamento de doenças antes que se tornem urgentes.
- Promoção da prevenção: investir em programas de prevenção de doenças, para evitar o surgimento de graves enfermidades e reduzir a demanda por atendimento de emergência.
- Cooperação e coordenação: ter uma coordenação assertiva para melhorar o gerenciamento dos pacientes, evitando internações desnecessárias e garantindo uma distribuição eficiente dos recursos disponíveis.
- Gerenciamento de fluxo de pacientes: direcionar corretamente os recursos necessários para que os pacientes recebam atendimento adequado, no local certo, sem esperar para entrar ou sair, evitando assim a superlotação e o desperdício.
A superlotação do serviço de urgência é multifatorial e portanto as soluções para este problema complexo estão no próprio pronto socorro, assim como fora dele – no Hospital e na rede assistencial. Promover melhorias de processos e fluxos é o primeiro passo para ajustar capacidade e demanda.
Na REDEC você pode realizar o curso GASU (Gestão Avançada em Serviços de Urgência) e ter acesso a conteúdos sobre Gestão Estratégica de Fluxo de Pacientes. Impulsione a sua carreira e transforme o atendimento nas unidades de saúde.
Share article on
Tema abordado muito apropriado para os dias atuais, excelente decisão de esclarecer a grande demanda.