Skip to main content
04

Recém-Formado em Enfermagem – E agora?

O primeiro emprego de um(a) enfermeiro(a) é um passo desafiador que acompanha o profissional nos primeiros meses de exercício da profissão. A necessidade de aprender, de ser apoiado, aceito e respeitado pela equipe são fatores muito presentes na adaptação dos profissionais no início de carreira. Os desafios são grandes e há algumas ações que podem fazer uma grande diferença na vida profissional dos enfermeiros.

04

A experiência do primeiro emprego, ou a mudança de posição no trabalho, podem ser avaliadas como um desafio ou consideradas uma ameaça, pois surgem novas demandas de atitudes e capacidades. A maneira como a pessoa irá encarar esta situação, se como ameaça ou desafio, terá importantes repercussões nas estratégias que irá selecionar para enfrentar a situação. Para o enfermeiro recém-graduado, a insegurança e receio diante das inúmeras dificuldades é um desafio que se inicia com o processo admissional e continua com a sua adaptação ao serviço de saúde.

Este desafio pode ser compreendido como uma provocação para superar uma situação ou evento estressante. Envolve a possibilidade de transformar essa situação em crescimento, desenvolvimento ou conquista. Ao entrarem para o mundo do trabalho, os enfermeiros recém-graduados se deparam com situações estressantes decorrentes da falta de ligação entre o que aprendem no curso de graduação e o que encontram na prática nas instituições de saúde.

A passagem da condição de estudante para a de profissional pode provocar estresse para os profissionais recém-graduados em enfermagem pelo fato de enfrentarem certos conflitos, que podem ser descritos como uma síndrome, genericamente denominada “choque de realidade”. Este choque ocorre quando o recém-graduado não consegue colocar seus conhecimentos obtidos na graduação em sua prática profissional. Ressalta-se, ainda, que o cargo de enfermeiro é geralmente designado pelas instituições de saúde para os recém-graduados, que consiste em uma responsabilidade de assumir uma equipe de enfermagem.

Liderar uma equipe é um dos maiores desafios enfrentados pelos recém-graduados. O mercado de trabalho da atualidade espera um enfermeiro com qualidades diferenciadas, que saiba agir, tomar decisões e usar a criatividade para solucionar problemas, e que saiba ser líder, estabelecendo uma boa comunicação com a equipe.

A inserção na equipe como profissional é uma meta do recém-graduado em enfermagem, enfrentando o desconhecido e se familiarizando com as novas realidades. Diante de tal situação, os recém-graduados se sentem inseguros e pouco preparados para enfrentar essa realidade, pois grande parte deles relata não possuir o domínio e habilidades necessários.

Desta forma, pode-se considerar que o início das atividades de um profissional da enfermagem pode ser marcado por muitas dificuldades, como os preconceitos relacionados à falta de experiência, pouca idade, falta de liderança, deficiência em habilidades técnicas e falta de apoio e estrutura da instituição empregadora. Com isso, tornam geradores de ansiedade, mas ao mesmo tempo essa situação estimula os recém-graduados a buscarem novos conhecimentos técnico-científicos e a desenvolverem um bom trabalho como gestores, buscando seu espaço, respeito, superação e servindo como fatores motivacionais para a busca da afirmação profissional. Como cerne da discussão, se faz necessário o seguinte questionamento: Como o enfermeiro recém-graduado vivencia o seu primeiro emprego?

O mundo do trabalho para os enfermeiros recém-graduados pode representar uma situação de estresse, como foi notado. Ao mesmo tempo em que estes ficam ansiosos para iniciar as atividades profissionais, sentem medo do desconhecido. Alguns fatores podem atuar como facilitadores na transição da academia para a vida profissional, como a formação acadêmica com bom embasamento teórico, a realização de estágios extracurriculares, a postura institucional de estímulo ao desenvolvimento educativo e o apoio dos demais membros da equipe de enfermagem.

Algumas sugestões relevantes tanto na fase de graduando como nesta transição para recém-formado são:

Estágios Extracurriculares: Empresas de consultoria em saúde, bem como operadoras e seguradoras de saúde para a atuação em monitoramento de saúde populacional, em telemonitoramento de programas de saúde específicos (gestão de crônicos, gestantes, oncológicos), e, frequentemente esses profissionais são absorvidos após o período de estágio, por já estarem familiarizados com o negócio da empresa.

Voluntariado: É relativamente baixo o percentual de estudantes e profissionais graduados que buscam o serviço voluntário como opção de experiência. Contudo este é um diferencial valorizado pelas empresas, principalmente as multinacionais, que têm como política a prestação de serviços em ONG’s, realização de ações sociais e de saúde.

Residência em Enfermagem: Pouco conhecida para profissionais da Enfermagem, a residência é uma especialização em uma área específica (assim como residência médica), com período de duração em torno de dois anos, sendo que nesta modalidade de especialização, o aprimoramento é remunerado, além de ser uma excelente oportunidade de desenvolver melhor a conciliação entre a teoria e a prática da graduação.

Cursos de Extensão: Os cursos de extensão funcionam em alguns temas na área da saúde como uma versão enxuta ou de degustação para maior profundidade no assunto desejado, com carga horária variando de 30h a 120h, podendo ser presencial, online e/ou um modelo híbrido (presencial e online). Com a pandemia, os cursos online (remotos), evoluíram exponencialmente, podendo ainda ser síncrono (em tempo real) e/ou assíncrono (gravação em formato de videoaula). Alguns diferenciais nos cursos de extensão são os recursos tecnológicos que eles propiciam para a experiência da aprendizagem ao profissional que o realiza, com interação com simuladores virtuais – com o caso do GASU, Curso de Classificador de Risco pelo Protocolo de Manchester e o Curso Incor de RCP e DEA, dentre outros cursos da REDEC.

O preparo da graduação é o início, pois o profissional deve estar em constante aprendizado, buscando o desenvolvimento da habilidade, dos conhecimentos, das atitudes e da experiência necessária na qualificação do enfermeiro. Assim, a transição para mundo do trabalho pode ser prazerosa, gratificante e instigante, estimulando o profissional a superar os desafios e os limites de sua formação profissional.



Share article on

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *