Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, que causam infecções respiratórias geralmente leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum mas, alguns podem causar síndromes respiratórias graves como a SARS – Severe Acute Respiratory Syndrome. O período de incubação tem média de cinco até 16 dias e a transmissibilidade é em média sete dias. O Novo Coronavírus (COVID-19) tem hipótese de transmissão mesmo antes dos sintomas.
Devido a essa nova pandemia de doença virótica, com poder de transmissão pessoa a pessoa, a partir de secreções respiratórias com potencial de gravidade/mortalidade é importante recomendar que na sala de classificação de risco, o classificador, sempre deve fazer uso de EPIs. Reforçando a atenção com a sua proteção e de outros que possam estar no mesmo ambiente de um paciente/cliente é de extrema relevância.
O fluxo interno institucional deve prever a separação de fluxos internos para pacientes que chegam ao serviço e apresentam sintomas respiratórios com ou sem febre. Em caso suspeito identificado pelo acolhimento diferenciado, com sinais de alerta para o COVID-19 recomendamos máscara cirúrgica no paciente e no acompanhante. O paciente deve aguardar ser chamado para a realização da triagem em área de espera exclusiva. Nessa área informações para minimizar a disseminação do COVID-19 devem estar disponível tais como:
- Orientar os pacientes a adotar as medidas de etiqueta respiratória:
- se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene das mãos);
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Realizar a higiene das mãos.
- Prover dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das mãos (sob as formas gel ou solução a 70%) e estimular a higiene das mãos após contato com secreções respiratórias.
- Prover condições para higiene simples das mãos: lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual.
- Manter os ambientes ventilados.
- Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas e telefones.
- Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes utilizados pelo paciente.
A aplicação correta da metodologia do Sistema Manchester de Classificação de Risco, de uma maneira geral, envolve uma avaliação visual, questionamentos e mensuração de dados vitais. Os discriminadores mensuráveis exigem a aferição de dados vitais durante a classificação de risco. Os EPIs a serem utilizados como precaução para evitar contato com gotículas em classificação de risco de pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19 estão descritos no quadro abaixo.
EPIS recomendados para realização da Classificação de Risco pelo Protocolo de Manchester:
- máscara cirúrgica,
- avental,
- luvas descartáveis,
- óculos de proteção ou protetor facial.
Orientações comportamentais gerais para os classificadores:
- Prender o cabelo;
- Retirar os adornos (anéis, alianças, pulseiras, relógios, colares, brincos, etc.);
- Utilizar calçado fechado durante o expediente de trabalho;
- Retirar barba e bigode, pois a máscara pode não se encaixar no rosto com segurança e fornecer uma barreira suficiente para proteger o indivíduo/saúde do trabalhador.
- Orientar que a roupa utilizada pelo profissional de saúde seja lavada separadamente das demais roupas da casa.
Os dados sobre o COVID-19 estão em constante evolução e o GBCR buscará manter as notas técnicas atualizadas.
Att,
Grupo Brasileiro de Classificação de Risco.
Fonte:
MANCHESTER TRIAGE GROUP. Emergency Triage: third edition. Wiley Blackwell, 2014. GRUPO BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO. Sistema Manchester de Classificação de Risco. 2ª ed. Belo Horizonte: Folium, 2017. BRASIL. Nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020. Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (sars-cov-2). Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2020. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04- 2020+GVIMSGGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28. Acesso em: 26 mar. 202
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muito interessante estas orientações, precisamos desincriminar mias as mesmas para podermos combater esse vírus, só com bastante informação para combatermos essa situação.