Superlotação nos serviços de saúde é uma realidade enfrentada por enfermeiros em todo o mundo, e pode ter consequências graves para a qualidade do atendimento e a saúde dos profissionais que trabalham nessas condições. A falta de espaço, equipamentos, recursos humanos e materiais suficientes para atender à demanda de pacientes pode levar a uma sobrecarga de trabalho, aumento do estresse e do cansaço físico e mental, além de reduzir a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
Impactos da superlotação
A superlotação também pode ter impactos na carreira do enfermeiro, já que essas condições podem desmotivar e desgastar os profissionais, levando a uma maior rotatividade de funcionários e dificuldades na retenção de talentos. Por outro lado, medidas que ajudam a reduzir a superlotação, como a prevenção de doenças e o fortalecimento da atenção primária à saúde, podem melhorar a qualidade do atendimento, reduzir a sobrecarga de trabalho e oferecer melhores condições de trabalho para os profissionais da área.
Para acelerar a carreira do enfermeiro e garantir um atendimento de qualidade para os pacientes, é fundamental investir em soluções integradas que visem a redução da superlotação e a melhoria das condições de trabalho nos serviços de saúde. Isso envolve a gestão eficiente dos serviços de saúde, com planejamento e monitoramento constante da demanda, oferta e qualidade do atendimento, avaliação e melhoria contínua de processos e atividades. E, em alguns casos, pode envolver até investimentos em infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, além de políticas públicas que visem a redução da demanda e a promoção da saúde.
Portanto, é necessário que os profissionais de saúde assumam a responsabilidade pela qualidade e transformação do serviço, se capacitem e se organizem para implementar melhorias contínuas. Também é necessário que as autoridades de saúde e a sociedade em geral reconheçam a gravidade da superlotação nos serviços de saúde e se unam para implementar medidas que visem a melhoria das condições de trabalho e do atendimento prestado aos pacientes. Somente assim será possível garantir um atendimento de qualidade para todos os pacientes que necessitam de cuidados urgentes e proporcionar uma carreira mais valorizada e satisfatória para os enfermeiros.
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Percebo que alguns serviços de PS não conseguem manter um ambiente saudável para o trabalhador porque são impostos a receber uma demanda mesmo sem ter o espaço físico disponível para acomodar o paciente com dignidade. O discurso é que o CROSS envia a demanda mesmo sabendo que o serviço está em contingência. É a tal da “vaga zero”, fato esse que contribui para a superlotação de serviços públicos e aumentando o cansaço físico e emocional da equipe, que muitas vezes, esta é mínima.
Gostaria de saber sobre o papel do CROSS em relação a vaga zero x PS superlotado.
Olá, Maria Aparecida!
A demanda pelos serviços de saúde sofre alterações constantes, estando comumente sujeita a aumentos e picos de demanda. Muitas causas são externas ao serviço, com pouca ou nenhuma ingerência possível por parte do serviço. Sem dúvida que deve haver um esforço contínuo de pactuação e definição das atribuições e capacidades de cada serviço, para fins de regulação médica, a fim de garantir a maior qualidade e celeridade possível no atendimento aos pacientes. A definição de políticas internas de fluxo do paciente pode ser realizada dentro do serviço, e comprovadamente contribui para diminuição da superlotação no PS. Então, nossa sugestão é que sejam abordadas as 2 frentes: repactuação com a regulação médica (fator externo) e política de fluxo do paciente (fator interno ao serviço).
Caso tenha mais alguma dúvida, estamos à disposição.
Atenciosamente,
Redec