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Classificação de risco nas urgências: Por que aplicar uma metodologia validada cientificamente?

A atenção aos pacientes em situação de urgência e emergência é um dos principais problemas enfrentados pelos sistemas de saúde no mundo. Esta situação se traduz pela enorme carga de trabalho nos serviços de urgência derivada da superlotação de prontos-socorros, dificuldade de internação dos pacientes, transporte sanitário fragmentado, desorganizado e demanda excessiva de pacientes de baixo risco nos serviços de emergências. Também reflete a fragmentação do sistema de saúde, ainda hoje caracterizado por atenção primária pouco resolutiva para as condições crônicas não transmissíveis e, menos ainda, para as condições agudas.

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A literatura relata alguns impactos negativos causados pela situação exposta acima: tempo de espera para atendimento médico prolongado, insatisfação dos pacientes e da equipe do serviço de urgência, aumento de eventos adversos e diminuição da produtividade médica.

Um sistema de classificação de risco deve ter como objetivo maior priorizar o doente conforme a gravidade clínica com que se apresenta no serviço de saúde. Para isso, é necessário substituir o modelo perverso de entrada do paciente por ordem de chegada ou por seleção realizada por profissional não capacitado.

O Sistema Manchester de Classificação de Risco foi criado para permitir, ao profissional médico e enfermeiro, habilidade para a atribuição rápida de uma prioridade clínica do paciente em situação aguda.

A adoção de um sistema de classificação de risco, como o Protocolo de Manchester, beneficia os usuários do sistema de saúde, reduzindo mortes evitáveis no serviço de urgência, garantindo segurança tanto para o paciente quanto para o profissional de saúde e instituição além de induzir o aprimoramento dos fluxos internos do serviço e dos processos de gestão das instituições.

 

Por:

Paula Tássia Barbosa Rocha

Maria do Carmo Rausch



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