Skip to main content

4 razões pelas quais as intituições devem investir na capacitação de atendimento à PCR.

Infelizmente temos, no Brasil, a cultura da “porta arrombada”, que reflete uma postura reativa: somente quando acontece um problema, corremos atrás de prevenir futuras ocorrências. Como reflexo disso, muitas vezes as instituições apenas se preocupam em capacitar seus colaboradores no atendimento à PCR (parada cardiorrespiratória) após o falecimento de um cliente ou colaborador, vítima de PCR, nas dependências da instituição. Este acaba sendo um preço alto a se pagar pela inércia.

Elencamos a seguir 4 razões pelas quais as instituições devem investir na capacitação de atendimento à PCR.

Ressuscitação Cardiopulmonar

1) Existe comprovação que a disponibilização de DEA salva vidas

Existem pesquisas que comprovam que a oferta de desfibrilhadores externos automáticos (DEA) melhora as taxas de sobrevivência entre pacientes que têm parada cardíaca em aeroportos dos EUA, bem como ferrovias européias e japonesas. O metrô de São Paulo, que transporta 4,5 milhões de pessoas por dia, possui um programa contínuo de oferta de DEA e capacitação dos seus colaboradores.

Este programa salvou vidas. Um curto intervalo entre a parada e a desfibrilação foi fundamental para uma boa sobrevida a longo prazo, sem sequelas neurológicas. Estes resultados suportam a expansão da oferta de DEA e capacitação dos colaboradores.

Confira os resultados da implementação do programa no Metrô de São Paulo: https://www.ahajournals.org/doi/pdf/10.1161/JAHA.115.002185

( J Am Heart Assoc. 2015;4:e002185 doi: 10.1161/ JAHA.115.002185)

2) Obrigatoriedade legal de disponibilização de DEA

A desfibrilação precoce, quando indicada, é uma das principais chances de reversão da parada cardiorrepiratória. Por conta disso, em diversos países do mundo, existe uma tendência de se obrigar a disponibilização de desfibriladores em locais de grande circulação de pessoas.

No Brasil existem diversas leis municipais e estaduais que obrigam que locais de grande circulação de pessoas disponibilizem um Desfibrilador Externo Automático. Há também o Projeto de Lei Federal 4050/2004, que poderá tornar obrigatória a disponibilização de DEAs em locais de grande circulação de pessoas em todo território nacional. Essas legislações, além de obrigarem a disponibilização dos equipamentos, exigem que as organizações tenham funcionários capacitados no seu uso.

Já existem legislações especificas em: Rio Grande Sul (lei nº 13.109/08), Paraná (lei nº 14.649/05), São Paulo (lei nº 12.736/07) e Distrito Federal (lei nº 3.585/05). O perfil dos estabelecimentos abrangidos na norma são: aeroportos, shopping centers, centros empresariais, estádios de futebol, hotéis, hipermercados e supermercados, casas de espetáculos, clubes e academias com mais de 1.000 (mil) sócios, instituições financeiras, instituições de ensino.

3) Acreditação hospitalar

A prevenção da PCR intra-hospitalar se apresenta como uma importante oportunidade para a melhoria da qualidade do atendimento, pois muitos desses eventos são previsíveis e evitáveis.

Os padrões de acreditação hospitalar tem exigido protocolos para emergências cardíacas intra-hospitalares e certificação em Suporte Básico de Vida. Além disso, segundo o artigo “Variability in case-mix adjusted inhospital cardiac arrest rates” (Med Care. 2012 February ; 50(2): 124–130) frequentemente recursos altamente tecnológicos são aplicados para a detecção precoce e prevenção de comprometimento respiratório e hemodinâmico em pacientes hospitalizados.

O profissional de saúde que presencia uma PCR precisa saber iniciar o atendimento. Caso contrário, a probabilidade de sobrevida é reduzida consideravelmente.

4) Responsabilidade Social e Imagem da Organização

Uma pessoa que morre na rua de PCR pode ser uma fatalidade. Porém se isso acontece dentro de um hospital, é no mínimo uma manchete de jornal. O dano à imagem pode ser grande, havendo acusações de negligência e imperícia.

Segundo levantamento dos profissionais do InCor HCFMUSP, a chance de alguém que sofre parada cardíaca sobreviver sem sequelas no metrô de SP é de 36% — nas ruas, a taxa cai para 2%.

Não são apenas os desfibriladores dispostos estrategicamente em todas as estações que as tornam locais seguros para as vítimas. A direção da companhia oferece treinamento aos funcionários para que eles saibam identificar um princípio de infarto e socorrer com agilidade os passageiros. As aulas são ministradas pelo InCor. (fonte: https://vejasp.abril.com.br/cidades/metro-treinamento-prevenir-infartos/)

 

Quer saber como a sua instituição pode atender as exigências legais e levar a capacitação em PCR para seus colaboradores? Acesse www.redec.com.br/rcpdea ou mande um e-mail para contato@redec.com.br

 



Share article on

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *