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Gestão REDEC

Modelo de gestão em EaD

O Modelo de Gestão deve formar a estratégia e as diretrizes de todo o processo. A correta (e prévia) definição do Modelo de Gestão tem grande impacto nos resultados da atividade como um todo.

Gestão REDEC

O ensino a distância pressupõe um sistema de transmissão e estratégias pedagógicas adequadas às diferentes tecnologias utilizadas. A estratégia didática do ensino a distância envolve a decisão sobre os métodos e meios instrucionais a serem estruturados para produzir um aprendizado efetivo.

Isto inclui não apenas o conteúdo do curso, mas também decisões sobre o suporte ao aluno, acesso e escolha dos meios. O modo como o tutor e o aluno se comunicam e interagem depende do esquema de aprendizado que é usado.

O Modelo de Gestão deve, não exaustivamente, responder às quatro perguntas:

1. Quais objetivos a instituição pretende alcançar utilizando uma iniciativa de Educação a Distância?

A instituição deve ter claro quais objetivos pretende alcançar, pois destes objetivos decorrem as principais ações.

A capacitação visa impactar indicadores operacionais (KPIs)? Está no contexto do planejamento estratégico? Refere-se ao atendimento de exigências legais ou de acreditação? De onde surgiu a demanda?

A definição da forma de distribuição e os critérios de acesso ao conteúdo dependem totalmente destes objetivos.

2. Qual a motivação dos médicos a participarem deste processo?

De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto britânico Learning Light, os fatores de sucesso p/ iniciativas de capacitação profissional, na perspectiva dos participantes são:

Conteúdo relevante

A relevância do conteúdo está ligada à atividade de produção do conteúdo. A instituição geradora do conteúdo pode utilizar instrumentos como pesquisa de opinião com alguns médicos, para auxiliar na tarefa da definição programática.

Flexibilidade para se adaptar à vida (profissional e pessoal)

A flexibilidade de acesso ao curso é determinada pela atividade de distribuição do conteúdo e pela atividade de suporte.

Empregador disponibilizar o tempo necessário para o processo

A disponibilização de tempo pelo empregador é um aspecto cultural, que reflete a valorização dada pelo empregador ao processo de capacitação. Deve ser defendida institucionalmente pela classe médica.

Reconhecimento pelo ‘empregador’ e pelo mercado – Impacto (relevância) na empregabilidade

Esta pode ser dividia em 4 itens:

  1. A obtenção de um certificado de participação / conclusão de curso algumas vezes pode ser motivação suficiente para engajamento no processo. Porém isso é mais comum nos cursos formais / acadêmicos. Quando se trata de atualização profissional é necessário ir além do certificado para cativar a audiência. São obtidos excelentes resultados quando como resultado do processo de capacitação há direto impacto na empregabilidade, ou seja, vantagens para obtenção de melhores empregos / melhores salários.

Algumas iniciativas que podem ser adotadas são:

  1. Criação de categorias para os participantes, de acordo com frequência nas aulas, resultados das avaliações e nível de participação / interatividade. Os critérios para classificação nas categorias devem ser objetivos e devem permitir a mudança de categoria pelos participantes durante o desenrolar do curso. Exemplos de categorias são: ‘Participante’; ‘Participante Comprometido’; ‘Participante Altamente Comprometido’. Ou ‘Participante’; ‘Participante Ouro’; ‘Participante Diamante’
  2. Divulgação (via website da instituição) dos melhores classificados no processo, conforme a categoria (acima). Podem inclusive ser criados prêmios, para reconhecer e valorizar os melhores colocados (quer em frequência, quer em resultados na avaliação);
  3. Premiação ao(s) melhor(es) colocado(s) com um summer job; um trabalho temporário junto a algum dirigente da organização. A exposição, visibilidade e networking oferecidos podem ser atrativos interessantes, especialmente para os jovens colaboradores.

3. Qual a estrutura de curso a ser adotada?

Na atividade de Produção do conteúdo são definidos aspectos operacionais da estrutura do curso, como carga horária, periodicidade, horários de transmissão, etc. Existem também aspectos estratégicos a serem considerados na elaboração da estrutura, tais como:

– Qual o nível de formalidade a ser aplicado? Definição da existência ou não de pré-requisitos, exigência de frequência mínima obrigatória, rigor do processo de avaliação, etc.

– Existe alguma regulamentação aplicável? Adequação a eventuais normas e padrões estabelecidos por instituições como MEC, CFM, AMB, etc.

– Qual a composição Ensino X Aprendizado a ser utilizada? A abordagem de ensino, ou instrucional, é baseada no recebimento passivo de informações pelo aluno, ao passo que a abordagem de aprendizado é baseada em interações dos alunos entre si e com os professores / tutores, e busca e desenvolvimento do conhecimento, de forma ativa pelos alunos.

Não há uma forma melhor que outra, isso é definido pelo contexto. Um curso, por exemplo, de uma técnica especifica de informática pode ser 100% instrucional. O ideal é utilizar um conjunto das duas abordagens.

4. Quais os recursos necessários para implantação do projeto?

A definição do modelo de gestão deve avaliar as necessidades de recursos financeiros, de pessoal, de capacitação de professores autores e tutores, de produção e distribuição de materiais, da tecnologia adotada, dos processos acadêmicos e do sistema de monitoramento e avaliação.



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